Thomas Zuckerman acordou com um sobressalto. Virou-se de um lado para outro na cama, em meio aos lençóis amassados e folhas de papéis rasgadas. As luzes do quarto estavam apagadas, mas o neon da cidade invadia a janela e se expandia graças ao vidro grosso que Thomas mandara instalar. Quando visitas entravam em seu quarto — que usualmente era bem limpo — sempre se impressionavam com a espessura da janela. Thomas se justificava: “Não dá para trabalhar enquanto escuto os carros de som lá na avenida”. Era uma resposta sempre eficaz.
Mas naquela madrugada seu quarto estava imundo....
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